Enlouquecer alguém
Uma das formas de vingança que mais comumente tenho acompanhado nas regressões de meus clientes é o ato de enlouquecer alguém. Vou explicar como isso acontece. Existe uma diferença dimensional entre vivos e “mortos” muito grande o que torna impossível para estes causar um dano físico mais intenso ou mesmo a “morte”aqueles que se encontram ainda em nosso plano, como muitos seres do astral gostariam, para abreviar o reencontro entre inimigos do passado. Assim os “vingadores” do passado tentam de outras maneiras destruir a vida dos infelizes que caem em suas tramas. Esse foi o caso da personagem de Sandra, paciente que se tratou em 2009 e que nos trouxe um grande aprendizado destes mecanismos de afecção espiritual. Vejamos:
“Tem uma fazenda com escravos negros, com homens e mulheres que trabalham na lavoura de cana. Eu sou um homem de 30 e poucos anos, claro, de chapéu, botas, camisa e calça; trabalho como capataz dali, estou vigiando os escravos, afinal eles são preguiçosos. Mas era ambicioso, não me contentava em ser apenas o capataz, não era feliz assim, queria ser o dono da fazenda, eu era mau. Gostava de usar as negrinhas… para mim elas eram só animais.
Um dia abusei da minha condição e quis estuprar a filha do dono da fazenda, já fazia um tempo que eu gostava dela, mas ela gritou e chamou a atenção dos outros empregados da fazenda. Eles me pegaram. me botaram num tronco… como os negros, senti revolta! Raiva, humilhação! — Falou quase aos gritos — Me torturaram! servi tão bem na fazenda e não fui reconhecido. Sou branco, não sou preto!! — Agora gritava — “Mas não adiantava, agora todo mundo ria de mim…morri todo ferido, feito um trapo”.
Depois da morte nosso capataz, perturbado pelo que tinha lhe acontecido disse: “Fiquei igual a ‘alma penada’ na cabeça do pai e dela, fiquei muito tempo…até ele enlouquecer; ele era mau também. Mas pensei que no fim nada valeu a pena naquela vida” — Falou desconsolado — “ A única coisa que valeu foi ver ele rindo que nem doido. E eu já era triste mesmo, vida triste…sem sentido…tinha raiva de mim mesmo, não era ninguém. Afinal era escravo também, só não levava chicotada, mas obedecia ordens…” — Depois desse relato aquele espírito triste e desconsolado pareceu ter entendido alguma coisa sobre a vida e a existência — “Queria ter uma família, alguém para gostar de mim e eu pudesse gostar, de verdade. Não quero mais ser um João-ninguém e ser mandado, não gostei disso. Não quero mais ser triste nem tarado, eu era muito ruim”.
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