Páscoa de quem?
Postado por Ney Jefferson em Notícias do cotidiano e assuntos relacionados, Outras categorias sexta-feira, 25 março 2016 10:45 Nenhum comentário
Este ano, assim como nos anteriores, vejo em vários países do ocidente a comemoração da páscoa como uma celebração na realidade à outras coisas que não se referem ao seu significado original, e digo isso por reparar na simbologia que usa-se na cultura popular desses países, muitas vezes de ampla maioria cristã, mas que parecem se esquecer disso nesta época. As celebrações parecem ser mais ao chocolate, aos “ovos” constituídos deste delicioso alimento ou da troca de presentes em almoços e jantares que em nada remetem ao sentido da celebração religiosa da data, o que é uma pena.
Seja no cristianismo ou no judaísmo o sentido da páscoa é de profunda reflexão sobre nossa vida, nosso passado e o que estamos preparando para nosso futuro, individual e coletivo, é uma semana onde deveríamos ver as necessidades de nosso espírito, mais do que apenas satisfazermos apenas mais um dos desejos da carne. Assistindo na televisão, vendo nos supermercados ou verificando a ornamentação das praças e parques observo a absoluta predominância de um coelho que parece por ovos (?) de chocolate (?) oriundo de uma mitologia confusa e frágil que teima em contagiar nossas vidas com algo que foge ao sentido comum das coisas, e por mais que o chocolate seja algo delicioso é apenas isso, um alimento que satisfaz e alegra nossos sentidos, por parcos minutos, sem dar nenhum sentido maior a nossa existência, ou estou errado?
Tenho saudade da Páscoa de nossos antepassados, onde todos sentavam em volta da mesa, juntos aos familiares e amigos, celebrando a libertação, seja do corpo, da alma ou do povo, e a partir disso ganhavam novas lições para enfrentar as dificuldades da vida que se apresentassem. Vamos aguardar que o tal coelho vá perdendo o pouco sentido que tem, e desapareça junto com sua falsa mitologia deixando-nos com o real significado desses dias tão especiais. Enquanto isso a melhor coisa que podemos cultivar é ficar junto à nossos entes queridos e pensar que este não é apenas mais um feriado, mas uma oportunidade de nos unirmos espiritualmente numa sintonia de vibração e energias mais elevadas, aproveitando da sabedoria dos mais velhos e ensinando aos mais novos o verdadeiro valor da vida, atraindo para nosso lar a paz e a felicidade tão necessárias.

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